Em
momentos de maior aperto intestinal em que a libertação é mais de que um sonho,
é um desejo, eis que de dentro das brumas da casa de banho surge, o herói
solitário, o D.Sebastião das dejecções, a catarse fecal: o clister. Este herói
anal e libertador tem ora entradas triunfantes e abruptas, mas sempre com um
fiel aliado (a vaselina), ora entradas subtis e estratégicas.
Depois de perceber o poder emancipador do clister, pode ser
complexo para alguns, muitos quiçá, complicadíssimo até, entender a sua plenitude
quando mergulhado numa esfera filosófica. E não estou a falar de Pato WC! Nesse
mundo simbólico, o seu poder redentor é também inquestionável, indiscutível.
Falamos então de “clisterização” inequívoca, e esta ocorre sempre em noites de
bebedeiras.
Quem diz noites, diz tardes ou manhãs. O importante é
compreender as similitudes entre as bebedeiras e o efeito clister. É bastante
simples. O que acontece depois da aplicação do clister? Merda! Certo? O que
acontece quando estamos embriagados? O que das nossas bocas? A manifestação do
Síndrome da Diarreia Mental, ou merda, para os leigos.

O álcool consegue embelezar qualquer anormalidade e também
torna a pessoa mais anti-social do mundo, na pessoa mais sociável a face da
terra. Ficamos tão sociáveis que até falamos com objectos inanimados, como o
carro (“Oh Peugeot! Onde que estás!?”), com a fechadura (“Eh pá! Hoje tas
eléctrica! Não pares de te mexer! Tá quieta!”) ou mesmo os sapatos quando
chocamos com eles (“Shiuuuuuu!”)
O Cronista da Parvoice © 2014
E assim respondi ao
desafio do Bruno Ferreira
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