terça-feira, 30 de outubro de 2018

A Parvoíce Metafísica

“Minhas notas na escola variavam de abaixo da média a abaixo de zero. Fui reprovado no exame de Metafísica. O professor me acusou-me de estar a olhar para a alma do rapaz sentado ao meu lado.” 
Woody Allen

terça-feira, 23 de outubro de 2018

A Parvoíce Escolástica


“Há estudantes que deviam ir ao hipódromo para verem que até os cavalos acabam a corrida que iniciaram”

Woody Allen

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A redacção: uma visita conimbricense, uma espécie de trabalho de casa


A entrega desta redacção pode parecer tardia, mas a sua existência é um autêntico milagre. Eu tenho, e isso desde dos primórdios dos meus tempos, uma relação muito complexa com os trabalhos de casa. Na verdade, é bastante simples, abomino-os. É óbvio que estou a exagerar, eu não tenho nada contra eles e não quero de forma alguma ferir-lhes os sentimentos. O que abomino mesmo é fazê-los. Um problema durante a vida escolar. Enquanto os meus colegas inventavam histórias mirabolantes para desculpar as suas inoperâncias escolares, eu sempre contei a verdade. Primeiro, porque aquela história do “cão comeu-me o trabalho de casa” é estúpida. nenhum cão sofre de papelofagia e se de facto ele tivesse comido, é porque estaria a passar fome. Já é mau ser preguiçoso, mas não tratar, ou maltratar os animais é péssimo.

Como disse nunca menti para justificar a não entrega de um trabalho de casa. Nunca esquecerei as duríssimas palavras da professora naquela trágica manhã de Outono, em que o meu trabalho de casa foi raptado. Lembro-me desse dia como fosse ontem, os céus choravam e o chão estava vermelho-alaranjado devido às folhas derramadas pelo vento… Foi poético, mas na verdade não faço ideia que tempo estava, eu não sou gajo de reparar nessas coisas. Pergunta-me que tipo de decote tinha a jeitosa da paragem de autocarro e tenho resposta. Mas depende. A das 11h15? Ou a das 15h45? Mas fora isso. Esquece.

Como dizia, estava a caminho da escola, quando o meu trabalho de casa foi raptado. Raptado é provavelmente uma palavra forte. Nada de assim tão grave. Foi muito mais tranquilo que isso. Foi abduzido. Foi isso aconteceu. Desengana-se quem pensa que sou maluco por afirmar que fui levado por aliens. Porque não fui. O meu vizinho, o Zé, é que foi levado. E o pior é que o estúpido levou a minha mochila por engano. E quem se tramou? Eu! Nunca pude entregar a minha brilhante dissertação sobre o cacarejar dos patos. Os galos é que cacarejam. Ainda bem que o outro foi abduzido, mas gostava tanto da minha mochila do Mickey.

Mas voltando ao que interessa, a este trabalho de casa e ao resumo muito conciso da minha viagem a Coimbra. É mesmo sucinto! são apenas 1022 palavras! E sim! Contei-as todas depois de escrever tudo! Como todas as viagens, esta começou pelo início, a partida, o que é normalíssimo. Mesmo que quisesse começar pelo fim, seria muito difícil. Diz-se que o destino está a nossa frente. Ninguém diz. Eu é que inventei isso. Mas se o destino está a nossa frente, se for de costas, então o destino é a partida. Assim o fim seria o início. Pensei em fazer isso indo de marcha-atrás, mas é tecnicamente e fisicamente muito complicado. Uma viagem de marcha-atrás é bastante incomodativa. São uma catrefada de quilómetros a olhar para trás. Tenho a certeza que acabaria a viagem com um torcicolo. Regressando ao que importa, o início da viagem, que começou com o acordar potenciado pelo o meu alarme favorito que gosto de chamar de Mãe e com a frase: “Não disseste que ias sair de casa às 10h!? É que são 10h15!” A minha sorte é que sou muito rápido. O que pode ser mau dependendo do contexto. Mas pouco depois estava pronto para a viagem.

Foi chegar e almoçar em boa companhia. As mesas vizinhas estavam bem preenchidas. Não sabia que havia tantas jeitosas em Coimbra. O que comi? Italiano. Vou reformular para evitar confusões. Não comi um italiano. Primeiro porque não sou canibal, e porque não fazem o meu género. Não os italianos. Os homens na sua essência. Eu não estou a dizer que não gosto de homens, mas não dessa forma. Gostar, gosto. Aprecio-me bastante. Resumindo, a ementa foi comida italiana. A comida estava muito boa, mas tenho um reparo a fazer. Faltava algo na carta. O bitoque! Não o encontrei! Nem sequer a versão italiana: il bitoque! Fora isso, e essa ausência incompreensível, o almoço foi extremamente agradável, e digo-vos, que fiquei agradavelmente surpreendido com a preocupação com os clientes que têm os restaurantes conimbricenses. Falando do meu caso específico em que poderia ter almoçado sozinho, mas não, almocei com dois profissionais de saúde. Todo o cuidado é pouco. Incrível. Coimbra sabe mesmo cuidar dos seus visitantes.

Podem não acreditar, mas os conimbricenses são multifacetados. Aquele profissional de saúde que almoçou comigo também é guia turístico e desconfio que também faça postais. Esteve o dia todo a tirar fotos. Aquele senhor/rapaz/profissional de saúde/guia turístico/fotógrafo de postais era extremamente simpático e ofereceu-se para mostra-me as belezas da região, nomeadamente a Lousã. Enquanto me preparava mentalmente para um provável encontro com maravilhas lousanenses, tanto arquitectónicas como naturais, estou obviamente a referir-me a nativas, depressa percebi que a única arquitectura que ia conhecer era daquele famoso hipermercado. Confesso que aquilo está bem construído. Está qualquer coisa. E aquela nativa da caixa 5 também era qualquer coisa.

O dia continuo recheado de aventuras, como eu conduzir um carro totalmente desconhecido numa estrada totalmente desconhecida. Ironias das ironias. Estava focado na estrada conduzindo um Focus. Sim!? Piada da treta! Confere! Antes de voltar para Coimbra, fizemos uma breve passagem por uma praia fluvial, mas fiquei um pouco desiludido, ia com ela fisgada, mas nada de fisgas. Sim!? Segunda piada da treta! Confere! Já em Coimbra, reparei algo estranhíssimo em pleno Rio Mondego, uma espécie de esguichadora multicolor. Também passamos pelo uma loja de conservas inaugurada muito provavelmente por causa da latada. Sim!? Terceira piada da treta! Confere! Já na esplanada e na companhia de uma suposta nativa lousanense, desconfio da veracidade da informação que ele me deu, não a vi em nenhuma caixa, bebendo umas imperiais, recebi um biscoito da sorte com uma frase que mudou a minha vida: “Só quando um mosquito se pousa nos teus testículos, percebes que nem tudo na vida se resolve com violência.

Para terminar o dia em beleza fomos jantar e logo depois regressei a Leiria. Mas voltarei. Estou indeciso se hei de voltar de marcha atrás ou não. Nunca vão acreditar é quem encontrei no regresso a casa. O Zé! E com a minha mochila! Será que ainda vou a tempo de entregar o trabalho de casa? Sou estou 30 anos atrasado!

O Cronista da Parvoíce © 2018

Prof. Bruno e Prof. Lara , passei?

terça-feira, 16 de outubro de 2018

A Parvoíce Divertida

“Eu não era um bom estudante. Não passei muito tempo na escola; estava demasiado ocupado a divertir-me.”
Stephen Hawking

terça-feira, 9 de outubro de 2018

A Parvoíce Legalizada

“Mais cedo ou mais tarde, a canábis será legalizada. Todos os estudantes de Direito a fumam”
Lenny Bruce