segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A Canícula Polar

Desafio do Wait aí uma beca
Palavras Impostas: bidé, distribuidor, pónei, sacarose e xilofone

Nunca fui grande apreciador do mau tempo e tem uma explicação lógica e do foro desportivo. As intempéries obrigam-me a fazer algo que não gosto muito: correr. “Mas tu gostas de jogar a bola e no futebol tens de correr! Tenho se não poder ficar a mama e quando tenho de correr não faço. O meu pónei mental, o Faísca (ele tem um relâmpago e o numero 95 tatuado no lombo), é que cavalga até a bola. Essa é razão de por vezes não chegar a tempo de segurar o esférico. Monta-lo, verificar se está tudo ok para prosseguir a marcha… Enfim um processo demoroso. 
 
A verdade é que padeço de canini spiritus, o chamado espírito canino, corro sempre atrás de algo, uma bola por exemplo. Antigamente perseguia os carteiros e alguns carros, mas deixei-me disso. A medicação também ajudou. Também corria atrás das moças até aquela ordem do tribunal e o encontro com o punho daquele namorado furioso. O gajo era um autentico distribuidor de socos.
“Mas qual é a relação do mau tempo com a corrida?” Calma, estou quase a chegar ao ponto. O 


Faísca está ocupado e tenho de ir por mim mesmo. É agora! Já cheguei! Quando chove corro para me abrigar e quando está frio corro para me aquecer. Simples?! O único senão é que sempre que faço esse tipo de fuga climatérica tenho de ingerir sacarose liquidificada (água com açúcar). E como não estou habituado a correr fico com tontura depois. “Porque é que não montas o Faísca?” Há um pormenor que talvez vos escapou: o meu cavalo anão é imaginário! E fazer perguntas sobre algo que não existe não faz sentido. O problema é que o meu fiel mini corcel está sempre a comer e tanto esforço físico pode provocar-lhe uma congestão. Para alem que só gosta de andar ao sol. É como eu. Dê-me sol e fico contente.

O sol traz-me felicidade por vários motivos, mas o principal é a influência determinante que ele tem sobre a indumentária feminina. Quanto mais sol, menos roupa. E nem é preciso estar muito calor, bastam uns raios solares mais visíveis e o objectivo primário dos homens, despi-las mentalmente, está facilitado. Sendo que é dificílimo desnudar alguém que está protegido por aproximadamente sete peças de vestuário. Sim! Eu contei! Esse desnudamento nem sempre corre bem. Tento ser discreto, mas a discrição torna-se difícil quando somos apanhados. Eu tenho um problema, entre inúmeros outros, sempre que estou a despir alguém, literal ou figuradamente, toco xilofone. Não consigo evitar.

Mesmo sendo um fervoroso opositor do frio, e ultimamente tem estado um verdadeiro calor soviético, uma canícula polar, só pactuo com esse abaixamento de temperatura quando faz com que algumas senhoras permanecem totalmente tapadas. Eu sei que La Bruyère disse: “não existem mulheres feias, só existem aquelas que não sabem fazer-se belas”, mesmo assim para esses B.I.D.É.s, mulheres com Beleza Interior Demasiado Évidente (évidente = quando é mais que evidente e até de uma forma exagerada), e no intuito de poupar os olhos sensíveis (e farto de despir lindas damas), a canícula polar deveria reinar por muito tempo.

Afinal não! Gosto mais de calor! Volta Sol! Estás perdoado!

O Cronista da Parvoeira © 

A Parvoíce Exagerada

in http://mentirinhas.com.br

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

A Parvoíce Cavaleira

“Case-se comigo e eu nunca mais irei olhar para outro cavalo!”
Groucho Marx


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A Parvoíce do Guarda

Um ladrão ia assaltar uma casa, quando viu na porta um cartaz: CUIDADO COM O PAPAGAIO! Entrou e viu o papagaio. Chegou-se ao pé dele e disse-lhe:
- Eh? É com isto que tenho de ter cuidado??
Começou a entrar na sala e foi então que ouviu o papagaio dizer: "LADRÃO!!!! REX ATACA!" "REX ATACA!"

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A Parvoíce da Amizade Aminal

“Os animais são meus amigos e eu não como meus amigos.”
George Bernard Shaw

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

A Parvoíce da Infelidade

Certo dia de manhã um galo desconfiado entra numa capoeira e começa a partir os ovos todos, até que parte o bico num, por este ser de barro. Vira-se muito mau para a galinha e diz-lhe:

- Com que então, andaste a passar umas noitadas com o galo de Barcelos!!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

As Qualidades Oculares Femininas: Uma Espécie de Ode ao Olhos da Ana

Desafio do Bruno Ferreira
Palavras Impostas: Vesícula, retroescavadora, traineira e pancreatite



Género Humorístico: Humor Absurdo


É mais forte que nós. Direi mesmo que é uma questão genética. Ou até de sobrevivência. Um homem que não olha para uma mulher não é homem. “Ao dizer isso estás a ser homofóbico!” Nada disso! No momento do avistamento feminino, os intentos masculinos não são obrigatoriamente erótico-badalhocos. Pensando bem! São quase sempre! Mas há quem esteja a vislumbrar uma mulher para uma apreciação de moda. Esta categoria de analista é bem menor. Há muitos mais javardos por aí.

Como homem tem a obrigação moral de olhar para as mulheres a todo o momento. O problema é quando alguém surge, a namorada, para nos impedir e limitar o nosso campo de observância. Por isso, e durante toda a minha viva tenho vivido com o pânico de um dia, um dos meus relacionamentos resultar. Não vos passa pela cabeça como é preocupante, estar na eminência de ser bem sucedido no amor. Não é que me dê mal com o compromisso. Mas o facto de alguém me estar constantemente a perguntar: “Estás a olhar para onde?”, assusta-me um pouco. 

Sim, porque ela sabe perfeitamente para onde estou a olhar. Mesmo com a minha visão condicionada, não deixo de ter a capacidade de deslindar belezas estrondosas que o destino colocou muito amigavelmente no meu caminho. Com os anos criei alguns subterfúgios. Sempre que passa uma beldade, eu simulo uma dor. A minha namorada fica aflita e vai pedir ajuda. E eu fico a olhar para elas. Da última vez queixei-me da vesícula e disse-lhe: “Sabes bem que tenho aquele problema na vesícula!” Ela ficou assustadíssima: “O problema do pâncreas está a afectar a vesícula?! É melhor ires ao hospital. Como também te queixas das amígdalas e dos rins é mais seguro fazeres uma ablação disso tudo”. Resultado: Acabei com ela! Mas fui operado na mesma! Não podia desperdiçar a oportunidade de observar enfermeiras diariamente!

Há dias, numa conversa com uma amiga, a Ana, ela fez uma estranha afirmação: “Já te topei a olhar para as gajas! És um autentico rebarbado!” Rebarbado!? Não gosto desse termo. Sou um observador nato! Isso sim! Mas observo qualquer coisa. Abstenho-me se a observação tiver alguma conotação marítima. Baleias, traineiras, isso não é para mim. Há demasiado para observar e processar e tudo que é em exagero é prejudicial a saúde! Em casos pontuais, e principalmente no verão, observo mais perto do mar. Mas limito-me ao areal. “E as sereias? Também são seres marítimos!” Já viram alguma? Eu nunca! E é um risco! Uma sereia pode ser metade mulher e metade baleia!

Quando olho para as mulheres, quando as observo, estou somente a procura das suas
qualidades que estão muitas vezes dissimuladas por baixo de outras… personalidades. E nesse sentido, para melhorar essa mesma procura, é possível que me veja a circundar a observada. É um gesto meramente cientifico. É chamado “Método da Retroescavadora”. Quando era miúdo nunca sabia qual era a parte da frente da maquina, então, e para ter uma melhor perceção andava a volta dela. Fazendo uma análise mais completa. É o que estou a fazer quando ando a volta de uma jovem. Estou a observa-la e a ficar enjoado. Andar a roda deixa-me indisposto. Posso tomar medicação para essa indisposição, mas com a quantidade de mulheres que existem, teria de andar medicado constantemente. E não sou drogado. Se bem que isso é de homem (dizem alguns) e observar mulheres é para homens.

Voltando a conversa com a Ana, durante a mesma conversa ela perguntou-me a algo que me deixou quase sem resposta: “Quando olhas para mim, o que te atraí mais?” Respondi o que qualquer um teria respondido: “O teu par… de olhos… São lindíssimos!” E com tanto para elogiar, o facto de ter valorizado a sua parelha ocular foi bastante pertinente. Nem todas têm um par visual para ser elogiado. 

Há mulheres com um olho. São difíceis de encontrar, mas existem. Podemos encontra-las na biblioteca, na secção mitológica, nos livros sobre ciclopes. Não gosto muito de falar com elas, acho que são surdas e tenho de gritar para me ouvirem. E na biblioteca não se pode fazer barulho. Ou são surdas ou armam-se em deusas. Falo com elas e nunca me respondem. As outras usam palas, vivem em alto mar e enveredaram por uma carreira na pirataria. Mas como enjoou facilmente e faço alergias aos papagaios nunca me envolvo com esse tipo de mulheres.

“Se os meus olhos são assim tão bonitos, explica-me porque é já te apanhei ao olhar para o meu peito?” Eu nunca olhei para o peito dela! E nem de outras! Pode ter acontecido uma olhar preocupado para a caixa torácica, mas só porque parecia com problemas respiratórios. Ou porque o brilho dos teus olhos obrigou-me a olhar para baixo. Já sei o que vais perguntar o vais perguntar a seguir. Vais perguntar de que cor são os teus olhos. Isso interessa! A verdade é que os teus olhos, demasiados belos para serem visto por mero mortal me obrigam a contemplar outras partes do teu corpo. A culpa é dos teus olhos.


Já agora! De cor são eles?

O Cronista da Parvoeira ©

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A Parvoíce Frigorífica

Uma pulga encontra outra toda friorenta e pergunta-lhe:
- Então, o que é que se passa?
- Olha (responde-lhe a outra)! Fui ao cinema e apanhei boleia do bigode de um gajo. Gelei!
- Ena pá! Da próxima vez, faz como eu! Vem nas mamas de uma mulher!
No dia seguinte encontram-se novamente e a pulga lá está de novo a tremer. A outra pergunta-lhe:
- Então, não fizeste o que eu te disse?
- Eu fiz pá. Mas quando acordei já estava no bigode do homem!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A Parvoíce Azarenta


“Um gato preto a atravessar o meu caminho significa que o animal está a ir para algum lado.”
Groucho Marx

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A Parvoíce do Meio

Dois morcegos estavam a falar um com o outro:

-Vou sair à procura de sangue, OK?
-OK! Mas eu fico por aqui!

E lá foi o morcego todo sorridente, alguns minutos depois volta o morcego com a cara toda cheia de sangue e também partes do corpo; o outro rapidamente se interessa:

- Hei que espectáculo, onde é que conseguiste tanto sangue assim?
- Simples, tás a ver aquela árvore ali à esquerda?
- Sim.
- E tás a ver a outra ali mais à direita? -Sim, estou a ver.
- Tás vendo aquela ali bem no meio das outras duas?
- Sim também a estou a ver.
- Pois, eu é que NÃO VI!