Desafio do Wait aí uma beca
Palavras Impostas: bidé, distribuidor, pónei, sacarose e xilofone
Nunca fui grande apreciador do mau tempo e tem uma
explicação lógica e do foro desportivo. As intempéries obrigam-me a fazer algo
que não gosto muito: correr. “Mas tu
gostas de jogar a bola e no futebol tens de correr! Tenho se não poder
ficar a mama e quando tenho de correr não faço. O meu pónei mental, o Faísca
(ele tem um relâmpago e o numero 95 tatuado no lombo), é que cavalga até a bola.
Essa é razão de por vezes não chegar a tempo de segurar o esférico. Monta-lo,
verificar se está tudo ok para prosseguir a marcha… Enfim um processo demoroso.
Faísca
está ocupado e tenho de ir por mim mesmo. É agora! Já cheguei! Quando chove
corro para me abrigar e quando está frio corro para me aquecer. Simples?! O único
senão é que sempre que faço esse tipo de fuga climatérica tenho de ingerir
sacarose liquidificada (água com açúcar). E como não estou habituado a correr
fico com tontura depois. “Porque é que não
montas o Faísca?” Há um pormenor que talvez vos escapou: o meu cavalo anão é imaginário! E fazer perguntas sobre algo que não existe não faz sentido. O
problema é que o meu fiel mini corcel está sempre a comer e tanto esforço físico
pode provocar-lhe uma congestão. Para alem que só gosta de andar ao sol. É como
eu. Dê-me sol e fico
contente.
O sol traz-me felicidade por vários motivos,
mas o principal é a influência determinante que ele tem sobre a indumentária
feminina. Quanto mais sol, menos roupa. E nem é preciso estar muito calor,
bastam uns raios solares mais visíveis e o objectivo primário dos homens,
despi-las mentalmente, está facilitado. Sendo que é dificílimo desnudar alguém
que está protegido por aproximadamente sete peças de vestuário. Sim! Eu
contei! Esse desnudamento nem sempre corre bem. Tento ser discreto, mas a discrição
torna-se difícil quando somos apanhados. Eu tenho um problema, entre inúmeros outros,
sempre que estou a despir alguém, literal ou figuradamente, toco xilofone.
Não consigo evitar.


A verdade é que padeço de canini spiritus, o chamado espírito
canino, corro sempre atrás de algo, uma bola por exemplo. Antigamente perseguia
os carteiros e alguns carros, mas deixei-me disso. A medicação também ajudou.
Também corria atrás das moças até aquela ordem do tribunal e o encontro com o
punho daquele namorado furioso. O gajo era um autentico distribuidor de socos.
“Mas qual é a relação do
mau tempo com a corrida?” Calma, estou quase a chegar ao ponto. O


Mesmo sendo um fervoroso opositor do frio,
e ultimamente tem estado um verdadeiro calor soviético, uma canícula polar, só
pactuo com esse abaixamento de temperatura quando faz com que algumas senhoras
permanecem totalmente tapadas. Eu sei que La Bruyère disse: “não existem
mulheres feias, só existem aquelas que não sabem fazer-se belas”, mesmo assim para esses B.I.D.É.s, mulheres com Beleza
Interior Demasiado Évidente (évidente
= quando é mais que evidente e até de uma forma exagerada), e no intuito
de poupar os olhos sensíveis (e farto de despir lindas damas), a canícula polar
deveria reinar por muito tempo.
Afinal não! Gosto mais de calor! Volta
Sol! Estás perdoado!
O Cronista da Parvoeira ©
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