sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O.G.C.S. (Organização para Garantir a Continuidade dos Sonhos)

Estás farto de acordar, quando deverias ter ficado no teu 15º sono? Estás farto de ser forçado a sair do Vale dos Lençóis devido àquele bip infernal e deixar aquele sonho maravilhoso que estavas a ter? Se como eu achas que os sonhos nunca deveriam ser interrompidos, então a O.G.C.S. é o sítio certo para ti.

Esta associação é recente, acabei de cria-la há 15 minutos, e esta ideia genial, surgiu depois uma noite que estava a ser perfeita, mas acabou mal. Acordaram-me! Ontem estava a ter um sonho do carraças, se bem por momentos estranhos. Houve numa altura do sonho, em que fui comprar lâmpadas, não sei porquê visto que estava na praia. O estranho foi quando cheguei à caixa e fui atendido pelo Darth Vader, mas vestido de branco. Toda gente sabe que Darth Vader veste de preto!

Voltando ao sonho do carraças, estava com uma gaja divinal (Estão a ver aquela gaja muito boa, esta era ainda melhor!) Literalmente a mulher dos meus sonhos, e rolava aquele clima indicadora que há coisa ia dar-se. Quando o maldito do despertador toca. Fiquei tão fulo que era capaz de lhe partir a tromba se tivesse uma.

Pior ainda, não é a primeira vez que isto me acontece, aliás está sempre a acontecer-me. De tal forma que nos sonhos ainda sou virgem. Não existem dúvidas relativamente a isso. E quando não é o sacana do despertador que toca (porque o desliguei antecipando uma noite que poderá ser de arromba), é a minha mãe a acordar-me. Fico revoltado!

Isso nunca acontece no meio de um pesadelo. Podes estar a ser perseguido pelo um monstro de duas cabeças, muito parecido com o Sócrates, e com uma capa onde está estampado FMI, (Assustador!? Pudera, é um pesadelo!) mas nada de mãe ou despertador.

Para garantir que isto não volta a acontecer, e proteger não só os meus sonhos, mas também os dos meus associados, a O.G.C.S. vai implementar o conceito de “agente do sono”. Estes agentes ficariam a vigiar-nos durante a noite, enquanto dormimos e através do reconhecimento facial intuitivo (as caretas). Todos nós as temos durante a noite, e impediriam assim o nosso acordar (se o sonho fosse agradável), pontapeando os despertadores ou esmurrando as nossas mães, mas silenciosamente.

Brilhante!? Quem é que não ficou com vontade de juntar-se a O.G.C.S.!?

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A Parvoíce Económica

“Quando era novo o mais difícil em casa, eram os fins de meses… Principalmente os últimos trinta dias.”
Coluche

sábado, 24 de agosto de 2013

P.I.S.S.A. (Pessoas Incapazes de Sobreviver Sem Álcool)

Há dias, li uma notícia que me deixou bastante transtornado. Fiquei tão abalado que tive de ir beber uns copos para me animar. Nesse dia soube que os participantes nas reuniões dos A.A. (Alcoólicos Anónimos) são cada vez mais. Cobardes! Já o meu avô dizia: “O vinho é o maior inimigo do Homem! Mas virar costas ao inimigo é cobardia…”

Para lutar contra tanta cobardia decidi criar a minha própria associação, o grupo de Pessoas Incapazes de Sobreviver Sem Álcool (P.I.S.S.A). Há quem diga que o álcool pode ser prejudicial na vida familiar, mas na P.I.S.S.A não concordamos. Estar constantemente alcoolizado melhorou a minha relação incontestavelmente. Antigamente quando chegava a casa tarde mas sóbrio, a minha namorada fartava-se de me ralhar. Agora, sempre que chego, tenho sempre uma palavra atenciosa para ela: “Estás tão bonita hoje! Ou será por estares mais desfocada do que o costume!?”. Afinal teve a noite toda a minha espera. Melhor ainda, é que enquanto esperou por mim, esteve a fazer a limpeza. Quando chego está sempre com a vassoura na mão. Por vezes, a irmã gémea, cuja existência desconhecia, vem ajuda-la. Melhor! Assim não fica sozinha a minha espera. Naqueles dias em que parece que me vai chatear, e apesar da sua aparente má disposição tenho sempre uma palavra amiga: “Já que acabastes a limpeza, porque não vais voar!?”. Ela gosta de passear e fica sempre bem-disposta depois de um passeio.

Na nossa associação, não fazemos discriminação. Todos são aceites, homens, mulheres, até mesmo que esteja sóbrio. Só não aceitamos pessoas com a doença de Parkinson, achamos que é criminoso estar sempre a entornar o precioso líquido. É frequente dizerem que os membros da P.I.S.S.A são egocêntricos, e confesso que é a principal razão de nós bebermos. Gostamos quando o mundo gira ao nosso redor.

Podemos ser uma cambada de bêbados, mas somos pessoas responsáveis. Eu, como muitos, sou apologista que não devemos beber enquanto conduzimos. Até tenho um slogan para evitar desgraças: “Se conduzir não beba! Pare o carro e depois pegue no copo!” Já viu o que era entornar tudo!? Estragar é que não!

Para além de sermos responsáveis, também somos criativos. As bebedeiras têm dessas coisas, dão nas muitas ideias. E assim resolvemos o eterno problema do último copo. Aquele que tem o condão de estragar uma noite. Para evitar aqueles momentos de estragação, em que aquilo que bebemos foi irremediavelmente expelido da boca para fora depois deste mesmo, e como nunca sabemos quando é o ultimo copo, criamos o copo único.

Há quem diga que o álcool é uma coisa má, que tem mais malefícios que benefícios. Mas a verdade é que tem um poder como poucos têm. Consegue embelezar qualquer anormalidade e também torna a pessoa mais anti-social do mundo, na pessoa mais sociável a face da terra. Ficamos tão sociáveis que até falamos com objectos inanimados, como o carro (“Oh Peugeot! Onde que estás!?”) ou com a fechadura (“Eh pá! Hoje tas eléctrica! Não pares de te mexer! Tá quieta!”).

Junta-te a nós e ajuda a P.I.S.S.A a crescer

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A Parvoíce Amistosa

“Ir aos Alcoólicos Anónimos não tem piada. Nunca podemos beber um copo com os nossos novos amigos!”
Michèle Bernier

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

M.P.P.S.N. (Movimento para a Promoção das Palmas a Símbolo Nacional)

Há dias, um amigo meu perguntava-me se já tinha reparado que os portugueses batem palmas por tudo e por nada. Por exemplo, batem palmas sempre que o seu avião aterra. Realmente, a aterragem é algo tão inesperado. Sinceramente nunca me tinha apercebido, mas se calhar é por não andar muito de avião. Eu prefiro andar de carro. No máximo, e se a viagem for longa vou de expresso.

Apesar de saber, há quem mo lembra constantemente, que andar de avião é estaticamente o meio de transporte mais seguro, eu sinto-me em segurança dentro do expresso. Nunca se ouviu falar em expressos, desviados por radicais maluquinhos, embaterem contra um símbolo de descontentamento e revolta, as portagens.

É importante perceber a razão de tanta satisfação. Porquê as palmas? Será que sempre que descolam, pensam que estão a ser pilotados pelo um maçarico incompetente e o mais provável é não chegarem ao destino? Ou será porque pensavam que iam ser desviados por uns radicais de esquina e atirados contra o par de edifícios mais alto das redondezas? Ou talvez seja apenas por serem tão criancinhas, estão constantemente a perguntar “Chegamos?” e quando chegam (de facto) festejam (com palmas) que nem uns doidinhos, como se de um brinde se tratasse?

Já que os portugueses são gostam assim tanto de palmas, porque não criar uma associação cujo intuito seria bater palmas por tudo e por nada. E porque não juntar o útil ao agradável, fazendo das palmas um símbolo do alegre povo lusitano, nascendo assim a associação, Movimento para a Promoção das Palmas a Símbolo Nacional, ou M.P.P.S.N.

Com o M.P.P.S.N., mesmo em cenário de crise, a vida seria muito mais animada e talvez as coisas começassem a correr melhor. Imagina como seria ouvir palmas sempre que faço algo bem feito, ou mesmo quando correm menos bem. Um pouco de incentivo nunca fez mal a ninguém.
 
Puxou o autoclismo. Palmas!
Tentou acertar no caixote do lixo, mas o papel caiu no chão. Palmas!
Hoje, para variar, tomou banho. Palmas!
Sempre que o autocarro, comboio ou metro chega a paragem. Palmas!
Vê uma boazona a fazer topless na praia. Palmas!
Vê uma gorda e feia que estava a fazer topless na praia, vestir-se. Palmas!
Ouve a notícia que os impostos não vão subir. Palmas!

sábado, 17 de agosto de 2013

A Parvoíce Metediça

“Pessoas normais falam sobre coisas, pessoas inteligentes falam sobre ideias, pessoas mesquinhas falam sobre pessoas.”
Platão

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

C.A. (Calões Anónimos)

Desde os primórdios dos tempos existem calões. Posso até afirmar que são figuras mitológicas, afinal os deus olímpicos eram não mais do que calões. Passavam a vida a descansar, a beber néctar e por vezes espalhavam magia com as mortais. Até na idade média havia calões, ou pensam que a Nobreza se cansava muito. Pronto por vezes tinham de se cansar um pouco mais devido a uma guerrita ou outra que aparecia. Mas o que outrora era sinónimo de grandeza, como os deuses ou reis, é hoje em dia não é bem assim. A verdade é que nos dias que correm, os calões são mal vistos, e por isso tem de se manter no anonimato. Daí a criação dos C.A., por outras palavras, os Calões Anónimos.


Desenganam-se quem pensa que somos poucos. A cada dia que passa, o número de associados aumenta. De tal forma que posso afirmar que um dia dominaremos o Mundo. Sim dominaremos. É verdade. Admito. Sou um calão e com muito gosto. Quando há pouco falava dum domínio mundial, não estava a brincar, ou será que alguma vez pensaram que os políticos eram trabalhadores?! É obvio que são calões. Isso explica o facto, entre outros, de adormecerem na Assembleia. Acreditem que não é por cansaço.

Ser calão não é fácil e nem todos conseguem sê-lo na sua plenitude. Como referi há pouco, fiz do que alguns apelidam de defeito, um verdadeiro modo de estar perante a vida. Ou seja, não me mexo muito, para não me cansar e vejo-a passar felizmente. Eu nunca arrumo o quarto, espero que alguém o faça por mim. Afinal se partilho o quarto com o meu irmão é por alguma coisa. Também não faço a cama. Para quê? Eu vou dormir lá na noite seguinte! A não ser que a..., me convide finalmente para dormir (ou não) em casa dela. Nunca lavei o meu carro. Acredito piamente que um dia choverá e o meu carro lavado ficará. Quando varro, ou passo o aspirador, já de si uma raridade, faço o sentado para não me cansar. Se alguma coisa tiver caído no chão nunca a apanho, alguém há de fazê lo por mim. Antigamente tinha ténis com velcro para não ter de atar os atacadores. Não uso disso, mas quando tenho os atacadores desatados, dobro o joelho e levanto o pé para não ter de me baixar. Estes são apenas alguns aspectos da minha caloíce. Se tivesses de contar tudo passaria aqui horas, mas não estou para me cansar muito.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

P.A (Paranóicos Anónimos)


Hoje fui a minha primeira reunião dos P.A., os Paranóicos Anónimos, mas não sei se volto lá. Senti-me muito observado. Eu sei que estávamos sentados em roda, mas não tinham de olhar todos para mim. Ou tinham? E quando não olhavam directamente para mim, viravam os olhos para o chão só para verem os meus pés. Cambada de maluquinhos! O que achei estranho, é perguntaram-me o nome, não era suposto sermos anónimos? Ainda por cima quando estava a limpar os óculos, alguém me perguntou: “Tens os óculos sujos?”. Eu percebi logo que estava a acontecer. Eles estavam ali para me sacarem informações. Às tantas são amigos do gajo que me assaltou a casa. Alias, foram esses assaltos que me levaram a inscrever-me nesta associação. Eu nem sou paranóico mas o meu psiquiatra obrigou-me, vá-se lá saber porquê. Isso tudo porque lhe contei que me andavam a perseguir a meses. Eis o que aconteceu:

Tudo começou a meses quando num dia ao acordar sinto uma dor no colhão esquerdo, sempre sinal de mau presságio que se verificou minutos depois quando a dor se estendeu ao colhão direito. Como estava atrasado, decido de comer um iogurte para ser mais rápido, vou ao frigorifico buscá-lo mas a maionese estava a frente. Agarro no frasco e pumba, ele cai. Como é obvio sujei me todo e tive de ir mudar de roupa. Se estava atrasado mais atrasado fiquei. Quando me dirijo ao carro vejo que tem um pneu furado, mas como não tinha tempo para mudar a roda, decido pôr-me a caminho do trabalho usando mais antigo meio de locomoção de sempre, os pés. Então não é que começa a chover. Há quem diria que estava com pouca sorte, mas eu percebi logo o que estava a acontecer. Eu estava a ser vítima de uma cabala cósmica e pressenti que algo de mau ia acontecer.

A verdade é que tinha razão. Quando cheguei a casa, percebi logo o que acontecera. Tinha sido assaltado. Mas cuidado, não foi um trabalhinho feito por amadores, pois não encontrei a casa virada do avesso e a fechadura nem um risquinho tinha. Em suma, um verdadeiro trabalho de artistas. Se à primeira vista, não me tinha levado nada, a verdade é que quando fui tirar a roupa da máquina de lavar, percebi que algo tinha desaparecido. Faltava-me uma meia. Para mim, O roubo da meia tinha uma mensagem clara, o ladrão estava a dizer-me: “Desta vez foi a meia, mas para a próxima pode ser muito pior!” isso é que não, não te deixarei roubar a minha colecção da Playboy. Aquele ladrão estava a desafiar-me e eu não tencionava perder o confronto.

Foi por isso que instalei um super fechadura com uma chave muito manhosa. Um dia, depois de regressar do trabalho, reparei que um pão não tinha miolo. Tinha sido o sacana do larápio que o tinha roubado. Mas para que? Percebi depois que com o miolo do pão, ele tinha feito uma cópia da chave. Mas como é que ele tinha entrado em casa? Só com um cúmplice. Mas quem? Só podia ter sido… o gato. Pouco expulsei-o.

Ninguém acreditava em mim, ou na suposta existência do bandido. Chegou mesmo uma altura em que desconfiava de todos. Para mim, todos eram cúmplices. Foi então que elaborei um super plano. Fui ao banco buscar todas as minhas poupanças e deixei-as em cima da minha cama e obviamente tive o cuidado de deixar a porta de casa aberta, assim era mais fácil apanhá-lo em flagrante de delito. Na rua gritei em alto e bom som, que onde estava o dinheiro. Horas depois, tinha sido outra vez assaltado, mas tinha saído vitorioso do combate. Finalmente podia comprovar a sua existência. Como? É simples, o estúpido tinha deixado cair o fruto do seu primeiro roubo, a meia, por baixo da máquina de lavar. Eu sou assim, ninguém me vence, e digo-vos mais: eu não sou paranóico.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A Parvoíce Simplista


Sou um homem simples. Tudo que eu quero é sono suficiente para dois homens normais, whisky suficiente para três, e mulheres suficientes para quatro.”

Joel Rosenberg

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

L.P.G. (Liga para Protecção dos Gambuzinos)


Os gambuzinos são uma espécie em vias de extinção e devido às constantes caçadas que são alvo, surgiu a necessidade de criar uma associação para a sua protecção, a L.P.G. (Liga para Protecção dos Gambuzinos).

É uma sorte os gambusinos, que também são chamados de gramulizos, começarem pela letra “G”, porque doutra forma, chamando-se por exemplo de “pambuzinos” ou “bramuzilos”, a L.P.G. (Liga para Protecção dos Gambuzinos) não teria competência para protegê-los.

Há quem afirma que os gambuzinos são seres imaginários inventados por um espertinho que queria para o fanesga com uma moça da aldeia. Numa noite, convidou-a para o mato, numa de ir caçar gambozinos. Reza a historia que nessa noite o rapaz caçou e comeu a presa, mas de gambuzino não tinha nada.

Eles são vistos frequentemente em noites de jantaradas, alturas em que, e desconheço o motivo, são ingeridas quantidades massivas de líquidos que alteram substancialmente a taxa de alcoolemia. Também são vistos em noites de nevoeiro, nomeadamente quando é oriunda de substâncias com efeitos alucinogénos.
Nessas noites, é recorrente fazermos uma caçada. Ainda me lembro da minha primeira caçada, eu estava entusiasmadíssimo. Confesso que treinei a fio para a ocasião. Até comprei um taco de basebol! Mas não correu tão bem como planeado. apesar da minha caçada não ter sido infrutífera, partir as duas rótulas de um passante, que pensava ser um gramuzilo, não estava nos meus planos. A minha sorte foi que ele não pôde correr atrás de mim para me bater.
No fim dessa noite, percebi que a caça ao gambuzinos é um desporto perigoso. Neste sentido, achei por bem juntar-me a L.P.G., e assim fazer com que menos rótulas sejam destruídas. E como geralmente, sou apoiante das causas nobres (quando houve aquela petição para descodificar o canal 18, fui dos primeiros a assinar) foi só juntar o útil ao agradável.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Agosto: O Mês das Retroparvoíces Associativistas

L.P.G. (Liga para Protecção dos Gambuzinos) (02/08/2013)

P.A (Paranóicos Anónimos) (08/08/2013)

C.A. (Calões Anónimos) (14/08/2013)

M.P.P.S.N. (Movimento para a Promoção das Palmas a Símbolo Nacional) (19/08/2013)

P.I.S.S.A. (Pessoas Incapazes de Sobreviver Sem Álcool) (24/08/2013)

O.G.C.S. (Organização para Garantir a Continuidade dos Sonhos) (30/08/2013)