Há dias, um amigo meu perguntava-me se já tinha reparado que os portugueses batem palmas por tudo e por nada. Por exemplo, batem palmas sempre que o seu avião aterra. Realmente, a aterragem é algo tão inesperado. Sinceramente nunca me tinha apercebido, mas se calhar é por não andar muito de avião. Eu prefiro andar de carro. No máximo, e se a viagem for longa vou de expresso.
Apesar de saber, há quem mo lembra constantemente, que andar de avião é estaticamente o meio de transporte mais seguro, eu sinto-me em segurança dentro do expresso. Nunca se ouviu falar em expressos, desviados por radicais maluquinhos, embaterem contra um símbolo de descontentamento e revolta, as portagens.

Já que os portugueses são gostam assim tanto de palmas, porque não criar uma associação cujo intuito seria bater palmas por tudo e por nada. E porque não juntar o útil ao agradável, fazendo das palmas um símbolo do alegre povo lusitano, nascendo assim a associação, Movimento para a Promoção das Palmas a Símbolo Nacional, ou M.P.P.S.N.
Com o M.P.P.S.N., mesmo em cenário de crise, a vida seria muito mais animada e talvez as coisas começassem a correr melhor. Imagina como seria ouvir palmas sempre que faço algo bem feito, ou mesmo quando correm menos bem. Um pouco de incentivo nunca fez mal a ninguém.
Puxou o autoclismo. Palmas!
Tentou acertar no caixote do lixo, mas o papel caiu no chão. Palmas!
Hoje, para variar, tomou banho. Palmas!
Sempre que o autocarro, comboio ou metro chega a paragem. Palmas!
Vê uma boazona a fazer topless na praia. Palmas!
Vê uma gorda e feia que estava a fazer topless na praia, vestir-se. Palmas!
Ouve a notícia que os impostos não vão subir. Palmas!
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