quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O Embaraço Reprodutivo

A minha mente é o refúgio perfeito para inúmeras palermices e muitas questões parvas. Questões, que ao longo do tempo, me vão dilacerando o intelecto. Porque é que a água mineral, que corre pelas montanhas durante séculos, tem uma data para consumo? Por que as pessoas apertam o comando da televisão com mais força quando a pilha está fraca? Ainda não desisti, e estou certo que em dia de bebedeira, conseguirei responder a todas essas perguntas. Mas existe um mistério tão misterioso, uma intriga tao intrigante, que não consigo desvendar: Porque é que as pessoas tem mais vergonha de comprar preservativos do que papel higiénico?

Do que se orgulharia mais? Ser um insaciável e frequente praticante de recriação “coital”? Ou um mega produtor fecal? Humm… Estou mesmo indeciso! Qual é a resposta certa? Se algum de vós imagina “Guerra dos Tronos” (porque na casa de banho é recorrente encontrar esse tipo de literatura) retrata o conflito concorrencial na indústria da louça sanitária, tenho duas mensagens: “Vai tratar-te e é melhor deixar de inalar o teu drunfo intestinal!” e “Seu ignorante de merda (este termo nunca foi tão apropriado!) não conheces mesmo a “Guerra dos Tronos”? Não te preocupes quando estiver contigo, eu explico-te. E de uma forma civilizada! Após espancar-te utilizando todos os volumes da obra de George R. R. Martin e afogar-te na sanita.”

Para demonstrar que não é vergonha nenhuma comprar preservativos fui ao supermercado, agarrei uns quantos, 30 ou 40, não sei precisar. O quê? Pode não parecer, mas tenho uma resistência física do catano. As idas ao ginásio não foram para o inglês ver! E quem que encontro na caixa? O Sr. Paulo, o pai da minha namorada! -“Então por aqui? Cuidado com a minha filha! Não faltas de respeito na minha ausência! Eu sei como vocês são! Eu também já fui jovem.” Posei o meu cesto de forma a evitar o avistamento da quantidade massiva de preservativos. E como não quer a coisa, perguntei ao rapaz da caixa: “Por acaso, não me sabes dizer onde está o papel higiénico?”

O Cronista da Parvoíce © 2014

E assim respondi ao desafio da Daniela Tomás

Sem comentários:

Enviar um comentário