A língua
portuguesa tem uma expressão, “tirar o cavalinho da chuva”, que é usada quando
queremos transmitir a alguém a ideia, que deve desistir de um determinado
assunto, de um determinado objectivo. Esta frase é, grosso modo, a versão longa,
assim como animalesca e meteorológica, do “não”.
Confesso
que a particularidade animalo-climatérica
desta expressão sempre me intrigou, mas o medo, dos resultados duma pesquisa na
Internet, atormenta-me. Pois a junção da palavras “chuva”, “cavalinho” e “tirar”
podem revelar-se perigosas num pesquisador. Para além que a possibilidade de
visualizar um clima húmido entre Homens (neste caso mulheres) e equídeos não me
entusiasma.
A origem
desta expressão foi para mim, e durante muito tempo, um mistério. Não conseguia
imaginar o momento criativo que tinha potenciado esta tirada. Após muitas horas
de reflexão, precisamente 3 minutos e 48 segundos, desculpem estava a
esticar-me foram apenas 3 minutos e 46 segundos, conclui que o único motivo plausível
para esta criação só pode ter sido este: o Transtorno Afectivo Motivado Por Afastamento. É de realçar o papel fulcral da mulher nesta invenção.
.jpg)
Imagino
facilmente a cena em que um cavalheiro se aproximou de uma donzela,
primeiramente num objectivo puramente social, mas também humanitário, com a
ideia da preservação humana em mente. Infelizmente, e como nem sempre se
consegue espalhar magia como pretendido, as tampas surgem. Umas mais subtis que
outras…
Cavalheiro: Gostava de saber se a
menina se quer juntar a mim na degustação desse fantástico chá?
Donzela:
Lamento mas vou ter de recusar a sua
oferta.
Cavalheiro: Mas…
Donzela:
Não insista! É melhor tirar o cavalinho
da chuva…
Cavalheiro: O cavalinho da
chuva?
Donzela:
Sim!
Algum
tempo depois de a donzela retirar-se, o cavalheiro continua a pensar no que a
donzela disse.
Cavalheiro: Tirar o cavalo da
chuva!? Mas que raio!? Eu não tenho cavalo! Eu vim a pé! E nem sequer está a
chover!
Pois…
Sem comentários:
Enviar um comentário