terça-feira, 21 de maio de 2013

“O que Não Mata, Engorda”


Para alguns entendidos, a veracidade alimentar só pode ser sob dois prismas, sob duas categorias de alimentos: os que matam e os que engordam. Ou seja, quando ingere comida tem apenas dois resultados possíveis: a engorda ou a morte. Pelo menos é o que diz a expressão: “o que não mata, engorda” e para quem essa frase é verdade inequívoca. Resumindo, e não é razão para alarmes, se for praticante de enfardamento alimentar, ou adepto de comida altamente calórica e não engordar, prepara-se: entretanto vai desta para melhor.

Obviamente, e felizmente, esta não é uma verdade absoluta. Pergunto-me até como surgiu esta ideia na mente do seu autor. Uso de drogas!? Provavelmente! Consumo excessivo de álcool!? Certamente! Estupidez!? Garantidamente! Esta teoria demasiada linear, e na onda do “estar vivo é o contrário de estar morto”, revela uma falta de atenção a uma variedade de questões. Questões como estas:
  • Sabendo que os nutricionistas são pagos pelos pacientes para estes emagrecerem, podem ser considerados assassinos profissionais?
  • A ingestão de comida dietética pode ser considerada suicídio?
  • Se comer, e logo engordar, é um hino a vida, qual é a razão da gula ser um dos sete pecados capitais?
  • Se engordar é sinal de vida, porque é que passamos o tempo a gozar com os gordinhos?
  • Se por qualquer motivo, num jantar alguém se lembrar de nos dar comida (que não faz engordar) a boca. Essa pessoa poderá ser presa por assassinato?

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