terça-feira, 11 de novembro de 2014

A Parvoíce Assassina

Zé: Senhor Prior, peço a vossa bênção.
Padre: Deus o abençoe meu filho.
Zé: Padre, o Sr. lembra do João?
Padre: É claro meu filho.
Zé: Pois é padre, o João veio a falecer.
Padre: Que pena, morreu de quê?
Zé: Moro numa rua sem saída e minha casa é a última. Ele desceu com o carro e bateu no muro de casa.
Padre: Coitado, morreu de acidente.
Zé: Não, ele bateu com o carro e voou pela janela. Caiu dentro do meu quarto e bateu com a cabeça no meu guarda roupa de madeira.
Padre: Que pena, morreu de traumatismo craniano.
Zé: Não padre, ele tentou  levantar-se pegando na maçaneta da porta que se soltou e ele caiu da escada abaixo.
Padre: Coitado, morreu de fracturas múltiplas.
Zé: Não padre, depois de cair das escadas ele bateu na geladeira, que caiu em cima dele.
Padre: Que tragédia, morreu esmagado.
Zé: Não, ele tentou se levantar e bateu com as costas no fogão, a sopa que estava a ferver caiu em cima dele.
Padre: Coitado, morreu desfigurado.
Zé: Não padre, no desespero saiu a correr, tropeçou num cachorro e foi contra o quadro de electricidade.
Padre: Que pena, morreu electrocutado.
Zé: Não padre, morreu depois de eu lhe ter dado dois tiros.
Padre: Filho, você matou o João?
Zé: Claro, o gajo estava a destruir a minha casa...

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