domingo, 17 de maio de 2020

Uma Espécie de Ode Maternal


Ninguém neste mundo merece uma maior homenagem do que as nossas mães. São essenciais, e direi mesmo, indispensáveis para nossa existência. Penso que todos entendem porquê. E nem quero entrar pelo prisma sentimental, ou vinculativo, estou a falar na maternidade numa óptica puramente biológica. Ou será que tenho de fazer um desenho? Espero que não. É que não tenho muito jeito para isso, nem consigo desenhar um carro, quanto mais duas pessoas entrelaçadas, num clima tórrido, enquanto disfrutam do pôr-do-sol a beira-mar. Isso ou qualquer outro clima propício para a coisa se dar, mesmo que bem menos sensual, ou mesmo romântico. Um exemplo? Uma bebedeira em pleno Festival de Verão, onde ele estava bêbado e ela bêbada estava, olharam um para outro, depois para o lado, bolsaram, olharam novamente um para outra e, na ausência de melhores opções, a coisa deu-se. Nove meses depois nascia o pequeno Anastácio. Como é óbvio não saberia desenhar isso tudo. Nem sei com desenhar um João quanto mais um Anastácio! Isto para dizer o quê? Para dizer que nesta data, temos de valorizar o que nós, filhos, temos de mais importante, as nossas mães. E é por isso que estou a fazer esta espécie de ode maternal.

Não estou é a perceber é a vossa estupefacção, Não há melhor data que esta, para fazê-la. “Pois, mas não este não é o dia certo!” Como assim não é dia certo? “Não é mesmo! Foi há quinze dias!” Hein? Há quinze dias? (Estou para ver como me vou safar desta, ainda por cima, escolhi o único domingo de Maio, em que não é o Dia da Mãe. Sim, porque em qualquer parte do mundo, durante todo mês de Maio, um domingo que é o Dia da Mãe, todos menos este!) Estou brincar! Sei bem que hoje mesmo o Dia da Mãe, mas pergunto-vos, e deixo isto como reflexão, será que as nossas mães só merecem ser louvadas e acarinhadas somente um dia por ano? A nossa gratidão tem de ficar refém de um calendário? Ou elas merecem que a demonstração do nosso amor seja diário? (UFA! Acho que me safei com esta! Só espero que a minha mãe não me peça um presente todos os dias!)

Com esta espécie de ode maternal, tenho algo para dizer: a minha mãe é a maior! E não o digo porque me esqueci desta data. Porque não me esqueci, porque para mim o Dia da Mãe é todos dias. A minha é a maior todos dias. Não é literalmente a maior, se algum de vós tiver uma mãe com dois metros de altura é bem maior do que a minha. E nem são necessários tantos metros. Basta ter um metro e sessenta e seis e a vossa será maior que a minha. Não sei se é um super poder maternal, mas com a maternidade, as mulheres ganham a particularidade de terem sempre razão. Mas atenção, essa razão absoluta só se verifica quando dão conselhos aos filhos. Não sei como ela faz, mas a minha mãe tem sempre razão. Pode demorar dias, meses ou anos, mas o que não aconselhou torna-se realidade. Desconfio que seja vidente. Isso ou tem algum esquema bem montado, como uma máfia materna, onde todas se entre-ajudam para terem sempre razão perante os filhos.

Mãe, és a melhor, e maior (dependendo dos centímetros das outras), do mundo. Agora espero que não penses que vais receber um presente todos os dias. Como não és uma mãe qualquer, é óbvio que não precisas de uma demonstração comercial diária do meu afecto. Não é?

O Cronista da Parvoíce © 2020

Sem comentários:

Enviar um comentário