Bastava uma sessão dessas e tal como o Homem de Aço, a minha mente voava e estava eu no meio das nuvens. Tornava-me tão lento que os outros pareciam velocistas estonteantes. Relativamente ao Aquaman…. Sejamos francos… Os seus poderes não são assim tão impressionantes. Afinal o SpongeBob tem os mesmos. Mas sim…. Acreditar que o SpongeBob existe, revela uma inalação frequente daquela fumaça holandesa.
Enquanto perseguia o sonho de ter aqueles poderes, nunca dei valor à capacidade única que todas as crianças possuem: o dom da invisibilidade. Todos tivemos esta fantástica habilidade. Bastava colocarmos as mãos em frente aos olhos e… PUFF… desaparecíamos.
Em criança nunca reparamos das vantagens e das potencialidades dessa invisibilidade manual. Dava jeito quando jogamos às escondidas, e mais? Hoje em dia, essa habilidade seria-me bastante útil e económica. Porquê? Pouparia todo aquele dinheiro investido em câmaras ocultas. E não foi pouco! Com este dom poderia presenciar as maravilhas da anatomia feminina em directo do balneário.
Falo no passado como se tivesse perdido esse poder, mas na verdade ainda o tenho. Ainda há dias coloquei as mãos em frente aos olhos e perguntei a minha mãe se me via e o facto que fiquei mesmo invisível. Não foi logo, provavelmente por falta de prática. Mas à 24 ª vez e depois de perguntar novamente, “Mamã! E agora consegues me ver?”, ela respondeu, “Não filho! Desta vez ficaste mesmo invisível!”
O Cronista da Parvoíce ©
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