
Ser peixe de aquário deve ser a forma de vida mais secante, salvo seja, que existe. Os peixes,

Além do mais, pode parecer que não mas um peixe de aquário faz muito pouca companhia. Não o podemos levar a passear para o jardim, não podemos atirar objectos para ele apanhar. Acreditem, eu tentei e simplesmente não resulta. È que nem dão para nos meter com as raparigas, ninguém diz: “Tão fofinho que ele é! Como se chama? Marco! E o estranho do dono?” Estranho!? Porquê!? Acho normal um dono levar a passear o seu animal de estimação! E depois, também não são seres lá muito obedientes. Dizia-lhe: “Pitosga, rebola! Senta! Faz um mortal! Pitosga, faz bolhinhas!”. E ele, nada. Mas o pior, é que ele nadava mesmo!
Felizmente para ele, era um peixe com tendências suicidas. Volta e meia saltava do aquário e lá tinha eu de o apanhar do chão para o pôr de novo de molho. E no dia em que finalmente consegui que ele me obedecesse, morreu. Eu disse assim: “Pitosga faz um salto mortal!” E não é que fez mesmo! Caiu directamente no balde de água que tinha detergente. Foi preciso ter azar. Nunca faço a porra da limpeza e logo naquele dia, pumba. Desde daí nunca mais a fiz, fiquei traumatizado (Boa desculpa!). O pior de tudo é que não foi a queda no balde que o matou. Eu tirei-o de lá a tempo e até o lavei com Fary. A verdade é que me esqueci de voltar a pô-lo no aquário. É caso para dizer que sem poder cortar os pulsos, optou pela morte a seco.
Ainda hoje mantenho o aquário no mesmo sítio e acho que foi melhor assim. Dá-me muito menos trabalho. Agora só raramente é que lhe mudo a água…
Este texto é dedicado a Pitosga (14-02-2013/15-02-2013)! Rest in peace!