“A febre
tifoide é uma doença terrível: ou se morre, ou se fica idiota. Disso percebo
alguma coisa: eu tive-a.”
Maréchal Patrice de
MAC-MAHON
-“Senta-te Quim! Tenho
de falar contigo! Vais voltar para o Japão! Mas sozinho! Não tenho nada contra
ti! É por causa daquela notícia! Infelizmente não vais voltar a ver a tua irmãzinha
japonesa. Fizemos uma troca. Vais para la e ela vem para cá. Vais adorar
aquilo! O sítio para onde vais é muito mexido, um abano constante. E tu que não
gostes de ficar parado, vais delirar. Até gritar. Principalmente quando
estiveres a fugir das ondas gigantes. Falando disso, a tua mãe, quero dizer a
Dona Beatriz, e eu decidido comprar te uma prancha de surf. Afinal é o melhor
meio de transporte para andar por lá. Eu sei que tens medo do escuro mas não te
preocupes com isso! A noite brilham todos, tal como os teus bonecos
fluorescentes! E já não vale a pena continuar a chamar-te Quim! O teu nome de
nascimento é Son Goku! E com sorte, e pouco de tempo passado na tua cidade
natal, podes vir a ter uma cauda tal como o herói do Dragon Ball! Já me
esquecia de te dizer o nome do sítio para onde vais. É Fukushima!”
Um amigo meu, cujo nome não vou revelar por questões de segurança (Estás ver Bruno! Eu disse-te que não te iria expor!), disse-me que o meu problema é tratar mulheres como se fossem princesas. E isso já não resulta. Aqueles elogios, aqueles floreados verbais já estão ultrapassados. Temos de ser maus. Confesso que não me imagino, ou imaginava, tratar as mulheres dessa forma. Parece-me uma traição ao romantismo. Mas é a custa do romantismo que eu tenho gasto um dinheirão em remendos. Eu estava constantemente a furar a Natasha.
–“Convidei a Adriana para beber café mas ela não apareceu!”
Comigo acontece sempre te tenho um encontro. Pior, No primeiro. Para dizer a verdade, nunca tive mais de um com a mesma mulher. Durante o meu último jantar fui vitimizado pelo pingo rebelde. Espero que a Sara não tenham ficado com a ideia que não aguento com um decote e que preciso de uma ida a casa de banho para extravasar os impulsos. Ou que apesar de somente ter bebido 5 litros de álcool durante o jantar, a minha arca não aguentou o dilúvio, devido ao seu tamanho. Não é fácil ser homem!
A
nossa infância é marcada por muitas questões que ficam sem respostas e que passamos
a nossa vida a tentar responder. “Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? O
ovo é o pai da galinha? Ou é a galinha a mãe do ovo?”. Mas houve uma que
massacrou a minha infância e a minha vida escolar. A questão “Where’s Ryan?” ainda
me atormenta.
E se um dia vira-se para mim e
pergunta-me se o acho bonito, o que faço? Minto? Digo a verdade? Claro que digo
a verdade. -“Diz-me papá! Sou bonito?”-“Humm…
Não! Mas tens o sentido de humor!”-“Gostas de mim na mesma?” –“Humm... Não! Humm... Gosto... Mas não tanto como se não fosses tão feio! Vá la brincar… Pega na bola e vai
jogar para o cruzamento!”
Do que se orgulharia mais? Ser um insaciável e frequente praticante de recriação “coital”? Ou um mega produtor fecal? Humm… Estou mesmo indeciso! Qual é a resposta certa? Se algum de vós imagina “Guerra dos Tronos” (porque na casa de banho é recorrente encontrar esse tipo de literatura) retrata o conflito concorrencial na indústria da louça sanitária, tenho duas mensagens: “Vai tratar-te e é melhor deixar de inalar o teu drunfo intestinal!” e “Seu ignorante de merda (este termo nunca foi tão apropriado!) não conheces mesmo a “Guerra dos Tronos”? Não te preocupes quando estiver contigo, eu explico-te. E de uma forma civilizada! Após espancar-te utilizando todos os volumes da obra de George R. R. Martin e afogar-te na sanita.”
Para demonstrar que não é vergonha nenhuma comprar preservativos fui ao supermercado, agarrei uns quantos, 30 ou 40, não sei precisar. O quê? Pode não parecer, mas tenho uma resistência física do catano. As idas ao ginásio não foram para o inglês ver! E quem que encontro na caixa? O Sr. Paulo, o pai da minha namorada! -“Então por aqui? Cuidado com a minha filha! Não faltas de respeito na minha ausência! Eu sei como vocês são! Eu também já fui jovem.” Posei o meu cesto de forma a evitar o avistamento da quantidade massiva de preservativos. E como não quer a coisa, perguntei ao rapaz da caixa: “Por acaso, não me sabes dizer onde está o papel higiénico?”